Os testículos produzem espermatozoides e hormônios
Os testículos possuem uma cápsula externa fibrosa resistente que envolve uma massa de túbulos seminíferos enrolados. Entre os túbulos seminíferos existe um tecido intersticial que consiste principalmente em vasos sanguíneos e em células de Leydig, as quais produzem testosterona (Figura 03c). Os túbulos seminíferos constituem aproximadamente 80% da massa testicular de um homem adulto.
Os túbulos seminíferos deixam o testículo e se jumtam no epidídimo, um ducto único que forma um cordão densamente enrolado na superfície da cápsula testicular (Figura 03b). O epidídimo torna-se o vaso deferente, também conhecido como ducto deferente. Este ducto passa pera dentro do abdome, onde finalmente desemboca na uretra, a passagem da bexiga urinária, para o meio externo.
Os túbulos seminíferos deixam o testículo e se jumtam no epidídimo, um ducto único que forma um cordão densamente enrolado na superfície da cápsula testicular (Figura 03b). O epidídimo torna-se o vaso deferente, também conhecido como ducto deferente. Este ducto passa pera dentro do abdome, onde finalmente desemboca na uretra, a passagem da bexiga urinária, para o meio externo.
Túbulos Seminíferos
São o local de produção de espermatozoide e contém dois tipos de células:
1 - Células germinativas em vários estágios da transformação em espermatozoides;
2 - Células de Sertoli (Figura 03c, d)
O desenvolvimento dos espermatócitos ocorre em colunas, da borda externa do túbulo em direção ao lúmen. Entre cada coluna existe uma única célula de Sertoli que se estende da borda externa até o lúmen do túbulo. Circundando o lado de fora do túbulo existe uma lâmina basal (Figura 03d) que atua como uma barreira, impedindo que certas moléculas grandes do líquido intersticial entrem no túbulo, mas permitindo que a testosterona entre facilmente.
As células de Sertoli adjacentes de um túbulo são unidas umas às outras por junções de oclusão que formam uma barreira adicional entre o lúmen do túbulo e o líquido intersticial que está fora do túbulo. estas junções de oclusão algumas vezes chamadas de barreira hematotesticular porque funcionalmente se comportam como os capilares impermeáveis da barreira hematencefálica, restringindo o comportamento de moléculas entre dois compartimentos. A lâmina basal e as junções de oclusão criam três compartimentos:
1 - O lúmen do túbulo
2 - Um compartimento basal na superfície basolateral das células de Sertoli
3 - Líquido intersticial
Por causa das barreiras entre esses compartimentos, o líquido luminal tem uma composição diferente do líquido intersticial, com baixas concentrações de glicose e altas concentrações de K+ e de hormônios esteroides.
Produção de espermatozoides
As espermatogônias, as células germinativas que sofrem divisão meiótica e se tornam espermatozoides, são encontradas agrupadas próximo à extremidade basal das células de Sertoli, logo acima da lâmina basal dos túbulos seminíferos (Figura 03c, d). Neste compartimento basal, elas sofrem divisões mitóticas produzindo células germinativas adicionais. Algumas espermatogônias permanecem próximo da borda externa do túbulo para produzir as futuras espermatogônias, e outras entram em meiose e tornam-se espermatócitos primários.
Conforme os espermatócitos se diferenciam em espermatozoides, eles se movem para dentro em direção ao lúmen do túbulo seminífero, sendo continuamente circundados pelas células de Sertoli. As junções de oclusão da barreira hematotesticular se ropem e se formam novamente ao redor das células que estão migrando, assegurando que a barreira permaneça intacta. Quando os espermatócitos chegam à extremidade luminal das células de Sertoli, eles já se dividiram duas vezes e se tornaram espermátides.
As espermátides permanecem inseridas na membrana apical das células de Sertoli enquanto completam a sua transformação em espermatozoides, que envolve a perda de grande parte do seu citoplasma e o desenvolvimento de uma cauda flagelada. A cromatina do núcleo se condensa em uma estrutura densa enquanto uma vesícula semelhante a um lisossomo, denominado acrossomo, se achata formando uma capa que cobre o topo do núcleo. O acrossomo contém enzimas essenciais para a fertilização. As mitocôndrias produzem energia para o movimento do espermatozoide e se concentram na peça intermediária do corpo do espermatozoide, junto com os microtúbulos que se estendem para dentro do flagelo. O resultado é a formação de um gameta pequeno e móvel que tem pouca semelhança com a espermátide que o originou.
Os espermatozoides são liberados dentro do lúmen dos túbulos seminíferos, junto ai líquido secretado. A partir daí, estão livres para se mover para fora dos testículos. O processo todo de desenvolvimento - da divisão da espermatogônia até a liberação do espermatozoide - ocorre cerca de 64 dias. Em qualquer momento dado, regiões diferentes dos túbulos contém espermatócitos em diferentes estágios de desenvolvimento. Esse escalonamento permite que a produção dos espermatozoides seja aproximadamente constante a uma taxa de 200 milhões de espermatozoides por dia. Pode parecer um número extremante alto, mas este é o número aproximado de espermatozoides liberados em uma única ejaculação.
Os espermatozoides recém-liberados a partir das células de Sertoli ainda não estão maduros e são incapazes de nadar. Eles são empurrados para fora do lúmen do túbulo por outros espermatozoides e pelo fluxo de massa do líquido secretado pelas células de Sertoli. Os espermatozoides entram no epidídimo e completam sua maturação durante os cerca de 12 dias de trânsito pelo epidídimo, ajudado por secreções proteicas liberadas pelas células epididimais.
Células de Sertoli
São elementos essenciais para a função dos testículos. São piramidais e envolvem parcialmente as células da linhagem espermatogênica.
Como são interconectadas por pontes citoplasmáticas, elas formam uma rede que envolvem as células como espermatócitos, espermátides e espermatozoides que os isolam do contato direto do plasma pela barreira hematotesticular. Estas células dependem das células de Sertoli para troca de nutrientes e metabólitos.
Também, durante a espermiogênese, o excesso de citoplasma das espermátides é liberado sob a forma de corpos residuais. Estes fragmentos de citoplasma são fagocitados e digeridos pelas células de Sertoli.
Outra função das células de Sertoli é regular o desenvolvimento dos espermatozoides. Outro nome dessas células é células de sustentação, pois fornecem sustento, ou nutrição, para o desenvolvimento das espermatogônias. As células de Sertoli produzem e secretam proteínas que vão desde hormônios, como a inibina e ativina, a fatores de crescimento, enzimas e a proteína ligadora de androgêncios (ABP). A ABP é secretada no lúmen dos túbulos seminíferos, onde ligada à testosterona. A ligação da proteína torna a testosterona menos lipofílica, de modo que ela não pode se difundir para fora do lúmen tubular.
Um hormônio muito importante produzido por essas células é o Hormônio Antimülleriano (AMH) que é uma glicoproteína que age durante o desenvolvimento embrionário para promover a regressão dos ductos de Müller (ductos paramesonéfricos) em fetos do sexo masculino e induzir o desenvolvimento de estruturas derivadas dos ductos de Wolff (ductos mesonéfricos).
Células de Leydig
As células de Leydig localizam-se no tecido intersticial que existe entre os túbulos seminíferos (Figura 03c, d) e secretam testosterona. Elas são inicialmente ativas no feto, quando a testosterona é necessária para determinar o desenvolvimento das características masculinas. Após o nascimento, as células se tornam inativas até a puberdade, quando voltam a produzir testosterona. Elas também convertem parte da testosterona em estradiol.
Objetivos Gerais
Objetivos Específicos
4.2. Espermatogônia
4.3. Espermatócito
4.4. Espermátide
4.5. Espermatozoide
1 - Células germinativas em vários estágios da transformação em espermatozoides;
2 - Células de Sertoli (Figura 03c, d)
O desenvolvimento dos espermatócitos ocorre em colunas, da borda externa do túbulo em direção ao lúmen. Entre cada coluna existe uma única célula de Sertoli que se estende da borda externa até o lúmen do túbulo. Circundando o lado de fora do túbulo existe uma lâmina basal (Figura 03d) que atua como uma barreira, impedindo que certas moléculas grandes do líquido intersticial entrem no túbulo, mas permitindo que a testosterona entre facilmente.
As células de Sertoli adjacentes de um túbulo são unidas umas às outras por junções de oclusão que formam uma barreira adicional entre o lúmen do túbulo e o líquido intersticial que está fora do túbulo. estas junções de oclusão algumas vezes chamadas de barreira hematotesticular porque funcionalmente se comportam como os capilares impermeáveis da barreira hematencefálica, restringindo o comportamento de moléculas entre dois compartimentos. A lâmina basal e as junções de oclusão criam três compartimentos:
1 - O lúmen do túbulo
2 - Um compartimento basal na superfície basolateral das células de Sertoli
3 - Líquido intersticial
Por causa das barreiras entre esses compartimentos, o líquido luminal tem uma composição diferente do líquido intersticial, com baixas concentrações de glicose e altas concentrações de K+ e de hormônios esteroides.
Produção de espermatozoides
As espermatogônias, as células germinativas que sofrem divisão meiótica e se tornam espermatozoides, são encontradas agrupadas próximo à extremidade basal das células de Sertoli, logo acima da lâmina basal dos túbulos seminíferos (Figura 03c, d). Neste compartimento basal, elas sofrem divisões mitóticas produzindo células germinativas adicionais. Algumas espermatogônias permanecem próximo da borda externa do túbulo para produzir as futuras espermatogônias, e outras entram em meiose e tornam-se espermatócitos primários.
Conforme os espermatócitos se diferenciam em espermatozoides, eles se movem para dentro em direção ao lúmen do túbulo seminífero, sendo continuamente circundados pelas células de Sertoli. As junções de oclusão da barreira hematotesticular se ropem e se formam novamente ao redor das células que estão migrando, assegurando que a barreira permaneça intacta. Quando os espermatócitos chegam à extremidade luminal das células de Sertoli, eles já se dividiram duas vezes e se tornaram espermátides.
As espermátides permanecem inseridas na membrana apical das células de Sertoli enquanto completam a sua transformação em espermatozoides, que envolve a perda de grande parte do seu citoplasma e o desenvolvimento de uma cauda flagelada. A cromatina do núcleo se condensa em uma estrutura densa enquanto uma vesícula semelhante a um lisossomo, denominado acrossomo, se achata formando uma capa que cobre o topo do núcleo. O acrossomo contém enzimas essenciais para a fertilização. As mitocôndrias produzem energia para o movimento do espermatozoide e se concentram na peça intermediária do corpo do espermatozoide, junto com os microtúbulos que se estendem para dentro do flagelo. O resultado é a formação de um gameta pequeno e móvel que tem pouca semelhança com a espermátide que o originou.
Os espermatozoides são liberados dentro do lúmen dos túbulos seminíferos, junto ai líquido secretado. A partir daí, estão livres para se mover para fora dos testículos. O processo todo de desenvolvimento - da divisão da espermatogônia até a liberação do espermatozoide - ocorre cerca de 64 dias. Em qualquer momento dado, regiões diferentes dos túbulos contém espermatócitos em diferentes estágios de desenvolvimento. Esse escalonamento permite que a produção dos espermatozoides seja aproximadamente constante a uma taxa de 200 milhões de espermatozoides por dia. Pode parecer um número extremante alto, mas este é o número aproximado de espermatozoides liberados em uma única ejaculação.
Os espermatozoides recém-liberados a partir das células de Sertoli ainda não estão maduros e são incapazes de nadar. Eles são empurrados para fora do lúmen do túbulo por outros espermatozoides e pelo fluxo de massa do líquido secretado pelas células de Sertoli. Os espermatozoides entram no epidídimo e completam sua maturação durante os cerca de 12 dias de trânsito pelo epidídimo, ajudado por secreções proteicas liberadas pelas células epididimais.
Células de Sertoli
São elementos essenciais para a função dos testículos. São piramidais e envolvem parcialmente as células da linhagem espermatogênica.
Como são interconectadas por pontes citoplasmáticas, elas formam uma rede que envolvem as células como espermatócitos, espermátides e espermatozoides que os isolam do contato direto do plasma pela barreira hematotesticular. Estas células dependem das células de Sertoli para troca de nutrientes e metabólitos.
Também, durante a espermiogênese, o excesso de citoplasma das espermátides é liberado sob a forma de corpos residuais. Estes fragmentos de citoplasma são fagocitados e digeridos pelas células de Sertoli.
Outra função das células de Sertoli é regular o desenvolvimento dos espermatozoides. Outro nome dessas células é células de sustentação, pois fornecem sustento, ou nutrição, para o desenvolvimento das espermatogônias. As células de Sertoli produzem e secretam proteínas que vão desde hormônios, como a inibina e ativina, a fatores de crescimento, enzimas e a proteína ligadora de androgêncios (ABP). A ABP é secretada no lúmen dos túbulos seminíferos, onde ligada à testosterona. A ligação da proteína torna a testosterona menos lipofílica, de modo que ela não pode se difundir para fora do lúmen tubular.
Um hormônio muito importante produzido por essas células é o Hormônio Antimülleriano (AMH) que é uma glicoproteína que age durante o desenvolvimento embrionário para promover a regressão dos ductos de Müller (ductos paramesonéfricos) em fetos do sexo masculino e induzir o desenvolvimento de estruturas derivadas dos ductos de Wolff (ductos mesonéfricos).
Células de Leydig
As células de Leydig localizam-se no tecido intersticial que existe entre os túbulos seminíferos (Figura 03c, d) e secretam testosterona. Elas são inicialmente ativas no feto, quando a testosterona é necessária para determinar o desenvolvimento das características masculinas. Após o nascimento, as células se tornam inativas até a puberdade, quando voltam a produzir testosterona. Elas também convertem parte da testosterona em estradiol.
Objetivos Gerais
- Reconhecer as estruturas do epidídimo;
- Reconhecer as estruturas do testículo;
- Reconhecer o ducto deferente;
Objetivos Específicos
- Epidídimo
- Epitélio pseudo-estratificado com estereocílios
- Espermatozoides
- Testículo
- Albugínea testicular (Túnica albugínea)
- Tecido intersticial
- Células de Leydig
- Túbulos Seminíferos
4.2. Espermatogônia
4.3. Espermatócito
4.4. Espermátide
4.5. Espermatozoide
- Ducto deferente
- Lúmen do ducto
- Epitélio pseudo-estratificado com estereocílios
- Tecido conjuntivo
- Tecido muscular
- Tecido conjuntivo